sexta-feira, 13 de julho de 2012

My Black Heart


"My Black Heart" / 2012 / 80cm x 160cm x 30cm. Câmaras de ar, tubos de borracha, fios de borracha e tiras de borracha. Tela de aço inoxidável.

domingo, 22 de abril de 2012

“ATRAVÉS DA JANELA”

Atenção! Para visualizar as imagens em alta resolução, clique sobre elas com o botão direito do mouse, e selecione a opção ‘Abrir Link em uma Nova Janela’.


Estamos vivendo a pós-modernidade: mudanças ocorridas nas ciências, nas artes e nas sociedades, quando a tecnologia eletrônica invade o cotidiano saturando as informações, diversões e serviços, produzindo um mundo de simulação. O alto nível do progresso tecnológico vem transformando os valores na sociedade, propiciando novos dilemas e embates culturais.
Na Era da Informática, com o tratamento computadorizado do conhecimento e da informação, lidamos mais com signos do que com coisas. Ferramentas e processos simulantes trazidos pela tecnociência – como os softwares de tratamento de imagens - reproduzem o real intensificado e estetizado. Saturadas pela informação, as sociedades pós-industriais consomem pela publicidade: informação no design, na embalagem, na mídia de massa e nas inovações tecnocientíficas (computador, celular, software etc.).
O ambiente pós-moderno significa basicamente isso: entre nós e o mundo estão os meios tecnológicos de comunicação, ou seja, de simulação. Eles não nos informam sobre o mundo; eles o refazem à sua maneira.

"Enter" (1,5m x 1,13m)
A nova arte pós-moderna não quer representar, nem interpretar, mas apresentar a vida diretamente em seus objetos. Assim, a primeira expressão artística da pós-modernidade, a arte Pop, ironiza os ícones do consumismo que a sociedade idolatra. Ela emerge com a explosão da comunicação de massa, utilizando um hiper-realismo ao copiar a vida diretamente em seus objetos do cotidiano, dando valor artístico à banalidade cotidiana, e propondo a fusão entre a arte e a vida.
Atualmente, nada expressa mais as necessidades e o cotidiano da sociedade que a interface do computador. É nela que nos informamos, comunicamos e consumimos. Neste sentido, Ricardo Horta constrói um espelho do nosso tempo quando explora os signos e objetos de massa da ‘Era da Informática’.

"Paisagem na Janela" (2m x 1,5m)


“ATRAVÉS DA JANELA” (no sentido do sistema operacional Windows) é um projeto que imerge no mundo digital Explora uma vida cada vez mais dividida entre dois mundos, que podem ou não coincidir. Com uma linguagem pop, bem humorada e crítica, Ricardo Horta utiliza elementos da interface digital, e propõe a investigação da relação entre o mundo real e o mundo virtual.
Quando iniciou este projeto, Horta queria que as pessoas identificassem logo a referência visual utilizada. Por isso se utilizou de imagens realistas, comuns aos programas e mensagens do sistema. Num segundo momento soltou as pinceladas, deixando de lado a preocupação com a exatidão, para reforçar a noção de que se trata de uma representação, e não uma reprodução do mundo.


"Natureza Morta Com PC" (1,5m x 1,13m)
A obra “NATUREZA MORTA COM PC” nasceu da vontade de realizar um tema clássico da pintura em um ambiente digital. Para isso, Ricardo buscou referencias no e-commerce, na decadência do computador de mesa, nos produtos industrializados e, ao mesmo tempo, homenageia Steve Jobs, morto recentemente.


"Herror!" (2m x 1,5m)
“HERROR!”, que retrata a filha do artista, representa o horror de um pai à epilepsia da filha. O artista considerou este trabalho um processo de expurgo da sua sensação de impotência diante do problema que enfrenta. Representando a sua sensação, Ricardo reproduziu falhas de imagem em dispositivo digital, num ambiente sombrio.


"Caiu na Net (como um Vermeer)" (1,5m x 1,13m)
“CAIU NA NET (COMO UM VERMEER)”, é inspirado no vazamento de uma foto da atriz Scarlett Johansson na internet. Ricardo enxergou naquela imagem, uma pintura de Vermeer. Era o elo que ele buscava entre o clássico e o contemporâneo. Coincidentemente, a atriz que havia protagonizado um filme sobre Vermeer – “Mulher com Brinco de Pérola” - inspirou, novamente, um trabalho com referência no artista.


"O Homem-Vazio, seu avatar e 1 milhão de amigos" (1,5m x 1,13m)
“HOMEM VAZIO” busca refletir a interação entre o mundo digital e o mundo real, através da criação de um personagem. Ele representa a vida dividida entre a realidade e a ficção - que podem ou não coincidir.
Com ele, Ricardo Horta procura explorar a solidão do homem moderno, em que o seu maior desejo é ter 1 milhão de amigos. Para dar vida ao personagem, foi criado o perfil do ‘Homem Vazio’ no Facebook. Ele foi inspirado no caso real em que um rapaz que reclamou, no site de compartilhamento de vídeos YouTube, o fato não ter amigos, e recebeu uma visibilidade ampla nas redes sociais.
Um fato curioso é que quando foi criado o e-mail para o Homem Vazio, ele já era registrado. Então ele passou a ser o número 25.


"Eu posso ver (1)" (3,2m x 1,7m)
A instalação “Eu Vejo”, em aço inox e fios elétricos é um auto-retrato. Representa como Ricardo se vê no mundo: com mil olhos.

OUTRAS PINTURAS:

"Ctrl-Z, Arnold!" (1,5m x 1,13m)

"Sonho" (2m x 1,5m)

"Vírus" (1,8m x 1,35m)


"Gisele Bündchen nua com seu cachorrinho" (1m x 0,7m)